sábado, 24 de outubro de 2009

A GRANDEZA DA DOR




Para os terremotos, a escala de Richter, 
para os furacões, a escala de Saffir-Simpson, 
para a força dos ventos, a escala Beaufort, 
todas medem a grandeza do poder de estrago de cada força, 
e para as nossas dores existem escalas?


Claro que não, a sua dor não tem tamanho!
Não sai nas revistas, porque não dá para imprimir, 
nem no seu blog dá para exprimir, 
nem pintando com as mais variadas tintas, 
quem é que pode sentir o que você sente?


Por isso, não se demore na dor! 
Que te remetem ao momento onde ela nasceu, 
revivendo a cada instante a mesma sensação, 
não estacione nos pensamentos que te afligem. 
A perda, a angústia, o desespero, devem ser esquecidos, 
sob pena de reviver, a mesma dor diversas vezes, 
e se já foi difícil passar por ela uma vez, 
imagine conviver com ela em flashback diariamente?


Derrame as lágrimas necessárias, desabafe mesmo, 
a dor represada forma um rio com águas paradas, 
e água parada apodrece, fede e cria bichos, 
mas depois do desabafo, do choro, do viver o luto,  
enterre o passado, deixe às águas correrem livres, 
porque o rio sempre busca o mar, 
e nós sempre deveremos buscar a felicidade, 
num eterno ir e vir, começar e recomeçar, 
não deixando a dor nos parar, 
porque somos feitos na exata medida do amor que desejamos viver.

(by Paulo Roberto Gaefke)

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